segunda-feira, julho 07, 2008

Manoel, almoxarife em 1974, lembra a obra de 2.500 operários e "que não parou nunca"


Seu Manoel Barros da Silva (de boné) tem 81 anos, nasceu em Portugal e mora no Jardim Botânico desde os 13 anos de idade. Entre outras coisas, é testemunha ocular da construção do Conjunto Residencial Felizardo Furtado.
Mais que testemunha: trabalhou na obra, do seu início, no verão de 1974, até o término desta, em 1976. “Comecei e terminei. Foi uma obra rápida. Tinha mais de 2.500 pessoas trabalhando, em certa época”, conta ele. “A construtora foi buscar gente no interior e veio até uma turma de Santa Catarina”.
Funcionário do almoxarifado, durante 20 anos empregado da empreiteira Gus Livonius (que não mais existe, tal como era), ele recorda do ritmo intenso da construção e da seriedade como ela foi feita.
“A obra não parou nunca, eram dez horas da noite e tava chegando concreto. E o fiscal do Inocoop estava sempre junto, conferia pessoalmente cada detalhe e às vezes mandava desfazer e refazer porque não estava de acordo. Também havia muito cuidado com a segurança, tanto que não me lembro de nenhum acidente sério”, relata.
Outra coisa: os peões tinham alojamento no local e refeições no local, com café da manhã, almoço e janta. Seguindo um cronograma rígido, cada edifício era concluído inteiramente, partindo-se então para a execução de outro dos oito prédios. Um posto de vendas, no lado da rua Ferreira Viana, recebia a visitas dos interessados, que adquiriam os apartamentos confiando nas especificações da própria planta arquitetônica.”Quando terminou, tava quase tudo vendido”, assinala seu Manoel.
AMAZONAS – Residindo ainda hoje na Barão do Amazonas, seu Manoel pegou o Jardim Botânico em um tempo quase rural, a época da Vila Russa. “Meu pai tinha uma chácara na Salvador França. Lembro do Chico Tatão, os filhos dele tinham vacas de leite, no lado de cá da Salvador, que era de chão batido, quase não tinha casas, eu caçava passarinhos ali. A Ipiranga não existia, era só um caminho, e o arroio Dilúvio era um riacho desgovernado.”
As águas do arroio Dilúvio da década de 40 e 50 eram então límpidas, garante ele, e nelas se pegava cascudos, que alguns meninos vendiam nas ruas.
“Era uma água branquinha, limpinha”, recorda seu Manoel.

André Damasceno, professor de Matemática?


André Damasceno é hoje um nome nacional no humor. O "Magro do Bonfa" - o seu primeiro personagem de sucesso, na Escolinha do Professor Raimundo, de Chico Anysio, na Globo - divertiu muita gente. Hoje ele participa de diferentes programas, incluindo o Zorra Total, e, segundo o presidente Lula, é o seu melhor imitador. André também faz shows por todo o Brasil. Em Porto Alegre costuma se apresentar no Teatro da AMRIGS, aqui na avenida Ipiranga.

O que pouca gente sabe é que ele foi professor de Matemática em cursinhos pré-vestibulares, como mostra esta matéria da revista Veja de 1991, a Vejinha RS (que não mais existe).

André, então, era quase um desconhecido que animava casas de espetáculos e bares da Capital.


* Clique em cima da imagem para ler a matéria.

Café com livros na Felizardo


Esta é Mara, dona do Muitas Ondas, livrolocadora e café na rua Felizardo 351. Professora, Mara é apaixonada por livros - já escreveu um, infantil. Um dia resolveu abriu um negócio que tivesse algo a ver com ela - surgiu o Muitas Ondas.

Em ambiente aconchegante e protegido, o local conta com capuccino, refrigerantes, cerveja, crepe, petiscos, salgados e doces, além de um mini Golfe na entrada. Os livros são locados a 0,40 centavos a diária e estão em bom estado de conservação. São cerca de 3 mil títulos, sem contar as revistas. "Tenho a lista dos dez mais vendidos da revista Veja e sempre compro os lançamentos", informa ela.
Para locar (livros, revistas, jogos infantis e adultos) é preciso fazer uma ficha de inscrição, com comprovante de residência e um documento de identidade.

O telefone do muitas Ondas é 3061.4753. O horário de funcionamento vai das 10 às 20 horas, de segunda-feira a sábado. Confira.

Sobremesa Musical nesta quarta-feira, na PUCRS

* Projeto Sobremesa Musical desta quarta-feira, 9, apresenta um recital de canto e piano, intepretado pelo tenor Flávio Leite e o pianista Paulo Bergmann, com repertório de Bellini, Rossini e Tosti. O local é o átrio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, prédio 9 do campus central da PUCRS. A entrada é franca e novas sugestões de músicas podem ser enviadas para o site www.pucrs.br/icm
* Congresso Reúne Educadores Maristas, de 15 a 18 de julho, no Centro de Eventos da PUCRS, no campus da avenida Ipiranga, 6681. Entre os temas a serem debatidos, estão questões como o que a sociedade espera do professor do Século XXI e quais os novos desafios de educar. Serão quatro dias de debates e atividades temáticas, com a presença de conferecistas de renome internacional que falarão para 2.500 pessoas, vindas de todo o Brasil. Este é o Terceiro Congresso Nacional Marista de Educação, com organização da Rede Marista. Os maristas estão presentes em 78 países e chegaram ao Brasil em 1887.
Informações pelo site www.maristas.org.br/congresso, ou então pelo Tel.: 0800 54 11 200.
* A FAMECOS, Faculdade de Comunicação Social da PUC, realiza, de 8 a 17 de julho, Curso de Extensão em Jornalismo Criminal (Policial). Os ministrantes são Adriana Irion, Humberto Trezzi e Renato Dorneles. Informações pelo Tel.: 3320-3680.

Telefonia ruim adiou a chegada da Internet


Era dezembro de 1995, e o Brasil ainda enfrentava grandes dificuldade para entrar com tudo no mundo da Internet. A culpa - em uma época sem banda larga - era do precário sistema de telefonia do Brasil, que ainda não havia sido privatizado. O presidente da República era Fernando Henrique Cardoso, e Sérgio Motta, o seu ministro das Comunicações.

A Internet não contava - vejam só - nem com 100 mil usuários.

Leia a matéria "Confusão na rede", transcrita de VEJA de 27 de dezembro de 1995.


"Houve até quem tentasse alcunhar 1995 como o ano de entrada do Brasil no mundo da Internet. Mas, com um número de usuários que não chega a 100 000, não colou. A partir de primeiro de janeiro de 1996, o sonho de se conectar ao universo da comunicação digital será jogado ainda mais para longe. Na entrado do ano novo, fecha-se uma das maiores portas de acesso à Internet no Brasil, a administrada pela Embratel. O prazo para a estatal interromper seu serviço de conexão de usuários à Internet foi dado pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta, em abril. Sua intenção era boa. Ele imaginava, à época, que no final deste ano a rede já estaria funcionando a pleno vapor e a Embratel poderia deixar a função de provedora de acesso para as empresas particulares e dedicar-se apenas ao trabalho de expandir a infra-estrutura necessária.

"Sete meses depois, a situação é bem diferente da pretendida. A principal estrutura de fios e computadores, que deveria estar cobrindo todo o país em setembro, só ficou pronta há poucos dias. Mesmo assim, não está completa. Falta criar centrais de atendimento para receber as chamadas telefônicas dos usuários e encaminhá-las ao destino na rede Internet, seja ele nos Estados Unidos, seja na Austrália, seja no Amazonas. Por conta desse atraso, várias empresas interessadas em servir de porta de acesso à rede ficaram em compasso de espera. Agora, com a saída da Embratel dessa função, ainda não estarão aptas a absorver os 6 000 clientes deixados na mão, muito menos a captar novos.

"Jogo de Paciência - Mesmo com a infra-estrutura básica resolvida em breve, as provedoras terão de enfrentar outro obstáculo: a falta de linhas telefônicas. Não adianta a Embratel ter um sistema de transmissão para a rede internacional impecável, se as provedoras não tiverem linhas disponíveis para que seus clientes a acessem. Elas precisam de dezenas ou mesmo centenas de números de uma só vez. "A carência de linhas é tanta que, apesar de termos separado uma verba de 1 milhão de dólares para investir em telefones, não conseguimos estar nem na metade", lamenta Marcelo Lacerda, um dos diretores da Nutec, empresa provedora de acesso à Internet, hoje com 1 500 assinantes. "Se aceitarmos muito mais clientes com esse número de linhas, corremos o risco de deteriorar a qaualidade do serviço", diz Lacerda. Algumas empresas colocam até 200 usuários para disputar uma mesma linha de acesso, o que torna a entrada na Internet um jogo de paciência insuportável. "Tenho muita curiosidade, mas não consegui uma senha de entrada e tenho receio de ecolher um provedor de acesso de péssima qualidade", diz o analista de recursos humanos Roberto Santanna.

"Ao grupo de ansiosos por entrar na rede, no qual se inclui o analista, provavelmente se juntarão os clientes da Embratel. Isso só não acontecerá se a pressão que a estatal está fazendo para não largar o serviço der resultado. Em outros países, como a França, onde o sistema de telecomunicações também é gerido pelo monopólio estatal, a empresa cuida da infra-estrutura e também é provedora de acesso à Internet. Apenas seguem uma rígida regulamentação que tenta tornar justa a concorrência entre a iniciativa privada e a estatal responsável por traçar os projetos de expansão da telefonia. No Brasil, pelo ritmo em que as decisões sobre Internet andam, isso é assunto para 1997."

Os 10 anos do Maníaco do Parque, preso em Itaqui


O nome dele é Francisco de Assis Pereira e tinha 30 anos quando se tornou conhecido como o "Maníaco do Parque". Há dez anos - em agosto - Francisco foi preso na cidade de Itaqui, no Rio Grande do Sul, acusado de ter assassinado oito mulheres em São Paulo. Condenado, cumpre pena e até se casou na cadeia.

O caso do Maníaco do Parque foi um dos mais comentados, senão o mais, do ano de 1998. Foragido durante 23 dias, ele foi reconhecido por pescadores, em Itaqui, para onde havia viajado, usando documentos falsos.

Os crimes, que aconteciam no Parque do Estado, na capital paulista, desafiavam a polícia: no local foram encontrados os corpos das mulheres, que ele estuprava, enforcava e roubava e depois largava, mortas, em clareiras de uma das maiores áreas verdes de SP.

À polícia informou terem sido, na realidade, nove vítimas, e falou do seu "lado negro":

"Eu tenho um lado ruim dentro de mim. É uma coisa feia, perversa, que eu não consigo controlar. Tenho pesadelos, sonho com coisas terríveis. Acordo todo suado. Tinha noite em que não saía de casa porque sabia que na rua ia querer fazer de novo, não ia me segurar. Deito e rezo, pra tentar me controlar."


Os atos de Francisco ganharam as manchetes em 12 de julho de 1998, quando os jornais publicaram o primeiro retrato falado do maníaco. No mesmo dia, a manicure Selma Rodrigues Goes, 35 anos, afirmou ter visto uma fumaça saindo de dentro da empresa J.R. Express, na rua Alcântara Machado, em São Paulo. O morador do local era ele: Francisco de Assis Pereira, o único funcionário que trabalhava e dormia na empresa.

Ao chegar ao trabalho, o empresário Jorge Sant' Ana, o patrão, encontrou um bilhete sobre a mesa, com um recorte do jornal em que havia o retrato falado. No bilhete, Francisco lamentava ter ido embora e pedia desculpas pela partida.

No mesmo dia, o empresário percebeu que havia algo de errado com o vaso sanitário da empresa. No conserto, foi encontrado um bolo de papéis queimados, que entupira o esgoto. Junto, estava a carteira de identidade de Selma Ferreira Queiroz, uma das vítimas Alguns dias depois, a estudante Sara Adriana Ferreira reconheceu na polícia a voz do homem que, no dia 4 de julho, telefonou para a sua casa, na cidade de Cotia, exigindo mil reais pela libertação de sua irmã Selma. Ele identificou a voz ao ver uma entrevista que Francisco havia dado a uma rede de televisão, em 1994, sobre um grupo de patinadores noturnos: era ele.

Todas as mulheres mortas foram namoradas ou se relacionaram com o maníaco, um motoboy que adorava patinação, usava roupas coloridas, era jovial e alegre e, segundo alguns mulheres, era também carinhoso e brincalhão. O tipo comum, que não desperta desconfianças e com quem pode se puxar conversa no elevador.

Ao fugir, Francisco passou pela Argentina e voltou ao Brasil. Em Itaqui, na fronteira com a Argentina, chegou a frequentar missas e se tornou familiar aos pescadores do rio Uruguai, que logo desconfiaram dele e imediatamente o associaram ao retrato falado que saía na televisão.

O motoboy era popular no Parque do Ibirapuera, onde costumava fazer malabarismos sobre patins, esporte que ele dominava e ensinava a outras pessoas. Era querido e respeitado até pelas crianças, que costumavam cercá-lo e falar com ele.

Em depoimento de muitas horas à Polícia paulista, o Maníaco do Parque confessou os oito assassinatos e mais um. Também admitiu outros cinco estupros. Foi nesse momentos que falou de seu "lado ruim", de sua "fixação em seios" e contou uma dramática história de relacionamentos, de molestamento sexual na infância, de um ex-patrão, com quem teria um relacionamento homossexual.

O maior caso policial do ano logo se transformou em um grande circo midiático. Um encontro entre Francisco e os pais foi transmitido ao vivo no programa do Ratinho e alcançou 38 pontos no Ibope - quase o mesmo da novela da Globo em horário nobre. Cinco mulheres se apresentaram à polícia identificando o homem que as havia violentado no Parque do Estado - as sobreviventes. Todas indicaram Francisco como o autor.

Entre as vítimas fatais do Maníaco, estava Elisângela Francisco da Silva, de 21 anos, cujo corpo foi encontrado no Parque em 28 de junho. Ela estava nua. Paranaense, de família humilde, Elisângela era conhecida pela excessiva timidez e pertencia à igreja Batista e, depois, à igreja Deus é Amor.

Outra, Raquel Rodrigues, de 23 anos, era "uma moça muito ingênua", como diziam suas amigas. Sua família vivia em Gravataí, na grande Porto Alegre. Nos finais de semana, em São Paulo, Raquel costumava frequentar barzinhos com suas amigas e trabalhava como vendedora, no bairro de Pinheiros. No dia da sua morte, telefonou para uma prima, dizendo que conhecera um rapaz e que aceitara posar de modelo para ele. Seu corpo foi encontrado em um matagal do Parque, no dia 16 de janeiro.

Outra, Selma Ferreira Queiroz, balconista, ainda não havia completado 18 anos. Desapareceu em uma sexta-feira. No dia seguinte, um homem telefonou para sua irmã, dizendo que ela havia sido sequestrada e exigindo mil reais de resgate. Mas não ligou de volta. O corpo foi encontrado no dia seguinte: ela estava nua, com sinais de estupro e espancamento. Nos ombros, seios e interior das pernas havia marcas de mordidas. Francisco também fazia sexo anal com a maioria de suas vítimas. Ele não usava armas, apenas as mãos.

Já Patrícia Gonçalves Marinho, 24 anos, saiu da casa da avó, onde morava, e nunca mais foi vista com vida. Seu corpo só foi encontrado no dia 28 de julho, em uma área erma do Parque do Estado. Morreu por estrangulamento e foi estuprada. Seu sonho era se tornar modelo e, segundos seus conhecidos, tinha uma confiança ingênua nas boas intenções de todo mundo.

O Maníaco do Parque mantinha um diário onde flava de suas conquistas amorosas, romances impossíveis e momentos de muita agressividade. Em um desses dias, ele escreveu: "Quando lembro daqueles momentos fico completamente excitado, malvado, carente, as coisas de englobam de uma só vez. (...) Estou procurando uma criança de 12 ou 13 anos que eu possa dominar" (...)

Transformado em superestar do Mal, Francisco deu entrevistas coletivas, falou em Deus, em Igreja - uma de suas fixações - e disse aos repórteres: "Eu sou ruim, gente, muito ruim."

Há dez anos trancafiado, Francisco foi um dos mais conhecidos seriall killer do Brasil - um clube que inclui Chico Picadinho, esquartejador, e Marcelo de Andrade, que estuprou e degolou nada menos do que 14 crianças e foi preso no Rio de Janeiro, em 1991.

Condenado a 269 anos de prisão, ele cumprirá, no máximo, 30 anos, como prevê a lei brasileira.

domingo, julho 06, 2008

Botânico, neste domingo







* Clique na imagem, para ampliá-la.

Imagens do Jardim Botânico, neste domingo, 6: muito sol, temperatura amena e muitos estabelecimentos comerciais fechados. E edifícios em construção.

Um novo banco para o Jardim Botânico?

Banco: será aqui?

*Finalmente, depois de dias nublados, cinzentos e úmidos, o sol apareceu, mudando o ânimo das pessoas. Coincide com o início do mês, o que sempre significa pagamento de salários e dinheiro no bolso.

* Vocês repararam o crescente número de empreendimentos que estão surgindo no Botânico? Na Barão dos Amazonas isso é ainda mais visível. A maioria são micro ou pequenas empresas, geralmente na área de prestação de serviços.

* Na Guilherme Alves, quase esquina com a Felizardo, abrirá, nesta segunda-feira, um restaurante, estilo familiar. Está localizado em uma casa, que foi toda reformada, e promete ser um ponto movimentado não só durante o dia como à noite. Atravessando a rua temos o Arado, o pub, que abre diariamente e já conquistou a sua clientela.

* Infelizmente, fechou aquela lan-house da rua Valparaíso, esquina com a Barão. O local era bem frequentado, mas talvez - uma opinião - o aluguel tenha comprometido o empreendimento.

* O Centro Comercial da Felizardo, defronte ao Condomínio, definitivamente já provou ser um bom ponto. Todas as lojas que se estabeleceram ali estão indo bem: a casa de carnes, a lan-house (que tem, entre outras coisas, um xerox de primeira qualidade), os salões de beleza.

* Esse Centro, para quem não se lembra, demorou a ser inaugurado. Mas, quando inaugurou, veio com tudo.

* A clínica de gerontologia, na Guilherme Alves, também parece estar indo bem. Discreta, sólida, bem localizada, recebe pessoas de outros bairros.

* O proprietário - ou talvez um deles - era um emérito médico da PUC, estudioso da velhice, e que faleceu naquele terrível desastre do avião da Gol, em São Paulo.

* Como nem tudo são flores, cresce a mendicância no bairro. Mas é assim em toda a parte.

* Quem investe em divulgação - e colhe os louros disso - é a professora Lalla Ghull, na rua Barão do Amazonas, 792, bem no coração do bairro. Ela agora está com aulas de Dança do Ventre - aulas particulares, e também avulsas. Também confecciona roupas sob medida. O telefone dela é 8424.2122 e 8428.4684.

* Não podemos esquecer do Stúdio Dança de Paulo Pinheiro, também na Barão. É um dos melhores e e mais conhecidos de Porto Alegre e já foi tema de uma extensa reportagem da TVE.

* Direção do Condomínio Felizardo Furtado, com seus 944 apartamentos, está alertando sobre os famosos telefonemas dos bandidos que dizem ter um filho ou parente nosso em seu poder, e exigem resgate. Geralmente os autores são presidiários e é tudo cascata - mas que amedronta, amedronta. O melhor é desligar de cara.

* Vocês já repararam que o Botânico está se transformando em um bairro canino? É tal a quantidade e diversidade de cães - de todas as raças, cores e tamanhos - que temos praticamente um mostruário do que existe de raças pelo mundo.

* O JB tem duas agências bancárias - a da Caixa Federal, no Bourbon Shopping, e o Itaú, na Barão. Mas há rumores, bem consistentes, de que um outro banco vai se instalar no bairro. O local seria aquele terreno na Barão, ao lado do Cavanhas, e bem pertinho do Itaú. Banco é assim: um gosta de ficar ao lado do outro. Bom.

* Bar do Paulão, que foi vendido para Elton, do Bora-Bora, continua com sua tradicional clientela. Muito antigo no bairro, o bar e armazém, na Valparaíso com a Terceira Perimetral, está localizado em uma zona de grande valorização.

* Aliás, o que se comenta é que os corretores imobiliários andam a mil pelo Botânico, fazendo propostas de compra a muita gente. Querem terrenos em que possa construir edifícios. Muita gente está vendendo, enquanto outros resistem, esperando uma valorização ainda maior.

* Pena que o HomeStore da Colombo, na Ipiranga, tenha saído do bairro. O que será que vem em seu lugar?
* Quem quiser iniciar a semana lendo um bom livro pode passar no Muitas Ondas, a locadora de livros e jogos da Felizardo, 351, onde também há café, petiscos e crepes.
* Turma de trilheiros e jipeiros continua se reunindo no Tia Zefa, outro ponto tradicional.

sábado, julho 05, 2008

Moradores do Botânico são desunidos, diz presidente da associação comunitária

O crescimento do bairro (foto da Salvador França) trouxe moradores que ainda não se identificam com a sua história

Criada em 1998, a Associação Comunitária e Beneficente dos Moradores e Amigos do Jardim Botânico “está praticamente se extinguindo”, afirma o seu presidente, Carlos Boa Nova, aposentado, 63 anos, morador da rua Roque Gonzales.
Quando do seu início, a entidade chegou a congregar cerca de 500 associados, dos quais restam poucos. Motivo básico: a AMOJB não soube mobilizar a comunidade.
“A Associação estava sem atividades e os sócios foram se afastando”, explica Carlos. Outra razão apontada pelo presidente tem a ver com as transformações que o Jardim Botânico tem sofrido nos últimos anos - a chegada de novos moradores, gente que vem de outras regiões e não tem maiores vínculos com o bairro. “O Jardim Botânico está em transição, os moradores mais antigos foram se mudando daqui, vendendo suas casas para se fazer edifícios, hoje há o predomínio de jovens casais, geralmente sem filhos, que trabalham fora e só vem para dormir. Eles não participam da vida comunitária e nem tem interesse nisso”, argumenta Boa Nova. “E, por outro lado, a Associação teria, necessariamente, que se adaptar aos novos tempos, ter mais canais de comunicação com a comunidade.”
DIVIDAS – Até há algum tempo a entidade mantinha uma sala alugada na Felizardo, no edifício dos Mocelin. Sem associados, sem recolher dinheiro (as mensalidades, de 3 e 5 reais, são quase simbólicas) e sem desenvolver atividades arrecadatórias, a AMOJB está praticamente desativada. Até mesmo o telefone não mais existe, e os poucos móveis da Associação estão guardados em um depósito. Portanto, a menos que surjam fatos novos, a Associação caminha para o seu fim, assegura Carlos.
Líder comunitário, morador do Botânico desde 1977, ele, logicamente, lamenta isso, sobretudo quando se sabe da importância de uma entidade de moradores. Além de presidente da Associação desde o final do ano passado, ele é conselheiro do Orçamento Participativo, integrante do Conselho Municipal de Transporte Urbano, diretor de departamento da União das Associações Moradores de Porto Alegre, UAMPA e membro da CPA – Comissão Permanente de Acessibilidade, um órgão que cuida dos direitos dos deficientes físicos.
SHOPPING – Vivendo um momento de transição de “classe média baixa para classe média e média alta”, o Jardim Botânico é hoje uma área de crescente expansão imobiliárias. Dezenas de novos prédios estão sendo erguidos em quase todas as ruas. “O Botânico é um bairro emergente. Dentro de uns cinco anos a Terceira Perimetral vai ser como a Carlos Gomes é hoje, vai ser uma avenida Paulista”, prevê Boa Nova. A localização, os serviços, a infra-estrutura do baixo, a proximidade do centro, são alguns dos fatores que explicam tal progresso.
Outra possibilidade é o projeto de um mega shopping que deverá ser construído entre a Salvador França, a Senador Tarso Dutra e a Cristiano Fischer, em terrenos da Máquinas Condor. As informações a respeito são poucas e imprecisas e nem mesmo ele, presidente da Associação dos Moradores, sabe dar maiores informações a respeito.
“Não sem nem quem vai construir, mas sei que está previsto para ser uma coisa muito grande. Só que a coisa está parada, já que foi encontrado um depósito de água mineral próximo do Posto do Darci, e essas coisas de subsolo são complicadas, dizem respeito à União”, afirma Carlos.
POSTO DE SAUDE - Uma velha reivindicação do bairro (e muito usada para fins eleitoreiros), o Posto de Saúde, deverá mesmo sair, informa o presidente, sem contudo fixar prazos para o início das obras. “O Posto já foi aprovado pelo Orçamento Participativo e tem até recursos alocados, 67 mil reais. Mas não dá para falar em prazos porque as obras do OP seguem um cronograma, tem outras, de outros bairros, na frente, é um processo burocrático”, afirma.
A área, próxima à rua Itaboraí, já foi doada pelas Máquinas Condor, empresa que possui muitos terrenos no bairro (e no restante da cidade também). “Será um Posto de Saúde de Atendimento Familiar”, informa Carlos Boa Nova. Hoje o posto mais próximo é o das Bananeiras, já que o da Vicente da Fontoura foi desativado.

Jardim Botânico é considerado uma "região mista", com proteção ao patrimônio cultural


Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, o Jardim Botânico contava (Censo do ano 2000), 11.494 habitantes, o que representava 0,84% da população do município. Destes, a maioria eram mulheres: 5.163 contra 6.331 homens, dos quais, no geral, 1,61% eram analfabetos.
Considerando a pequena área do bairro (2,03 kms quadrados, ou 0,43% da área de Porto Alegre), a densidade demográfica chegava a 5.662,07 habitantes por quilômetro quadrado. O JB integra a Região 16 do Orçamento Participativo.
Oito anos atrás, tínhamos aqui 4.171 domicílios, com um rendimento médio dos responsáveis de 12,32 salários mínimos mensais – menor do que Petrópolis e superior ao do Partenon.
CIDADE RADIOCÊNTRICA – O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, datado de 1999, divide o território de Porto Alegre em nove macrozonas. O Jardim Botânico faz parte da Macrozona 1, a chamada “Cidade Radiocêntrica”, englobando o território compreendido pelo centro histórico até a Terceira Perimetral.
Esta é considerada a zona mais bem estruturada do município, uma região mista, residencial, comercial, de prestação de serviços e até de pequenas indústrias, com proteção ao patrimônio cultural. Ou seja, pode-se fazer muitas coisas por aqui, mas sempre dentro de regras que não alterem o perfil do bairro, a chamada “miscigenação”, ou “mistura de atividades”.
A Cidade Radiocêntrica inicia junto ao Laçador e segue pelas avenidas D. Pedro II, Carlos Gomes, Senador Tarso Dutra, avenida Salvador França, Aparício Borges, seguindo por Teresópolis, avenida Campos Velho (faixa preta) e Icaraí.
Oficialmente, a Prefeitura Municipal estimula, nesta área, uma grande variedade de usos dos terrenos e atividades, como hospitais, shopping centers, universidades, parques, centros culturais, sempre com o objetivo de que a população local tenha como atender as suas necessidades sem fazer grandes deslocamentos. É o que a Secretaria de Planejamento chama de “Corredores de centralidade”. Já a região entre a avenida Protásio Alves e o Porto Seco, por exemplo, é chamada de “Corredor da Produção”. Lá, são estimuladas as atividades produtivas juntamente com as residenciais.
UMA DAS QUE MAIS CRESCEM – O Plano Diretor, que deverá ser modificado e adaptado em não muito tempo, permite que se construa, em certas partes do Botânico, edifícios com até 18 andares (altura de 52 metros máximos). É o caso, por exemplo, das margens da Salvador França e de alguns trechos de esquina da Ipiranga. Porém, para se fazer uma construção desse porte é preciso dispor de um espaço amplo – ou quatro lotes de 11 metros.
Conforme o arquiteto Hermes Puricelli, da Secretaria do Planejamento Urbano, o Jardim Botânico “é uma das zonas que mais está crescendo na cidade, embora ainda não tenha explodido. É uma zona em crescente valorização e daqui a algum tempo vai ser difícil, por exemplo, sobreviveram as velhas casas de madeira que sempre existiram no Botânico. O setor imobiliário está de olho nesta região da cidade”.
LIMITES OFICIAIS – Segundo a Prefeitura Municipal, o Jardim Botânico inicia no ponto de convergência da avenida Ipiranga (ponte do arroio Dilúvio), com a General Tibúrcio. Dali o limite segue pela Eça de Queiroz, Itaboraí e Machado de Assis. Da Machado vem até a Felizardo e encontra a Felizardo Furtado. Da Felizardo Furtado segue até o limite norte com o Jardim Botânico e, por este limite, sempre por uma linha reta e imaginária, na direção oeste/leste, até a avenida Cristiano Fischer. Da Cristiano segue até a Ipiranga (linha do arroio Dilúvio), até novamente o ponto de convergência do arroio Dilúvio.

PUC Notícias


* Estão abertas, até 11 de julho, as inscrições para o programa Bolsas de Apoio do Desenvolvimento Tecnológico às Micros e Pequenas Empresas. A promoção é do Instituto Euvaldo Lodi, em pareceria com o Sebrae, Senac e CNPq. Serão oferecidas 600 bolsas para os estudantes de graduação, com duração de seis meses. A iniciativa busca os aperfeiçoamento de produtos, processos e serviços. Informações pelo Tel.: 3347-8961 ou idalmas@ieirs.org.br

* A PUCRS divulgou, na sexta, a relação de classificados na Segunda Chamada e a Lista de Espera da Segunda Chamada do Vestibular de Inverno 2008. Veja os nomes no site www.pucrs.br/vestibular. Os candidatos relacionados na segunda chamada deverão comparecer nesta segunda-feira, no segundo pavimento do prédio 50 do campus da avenida Ipíranga, para entregar a documentação e fazer a matrícular. O mesmo acontece com os relacionados na lista de espera.

* Faculdade de Farmácia da PUCRS promove, de 21 a 25 de julho, a segunda edição do Curso de Inverno de Ciências Farmacêuticas. As aulas acontecerão de segunda à sexta-feira, das 8 às 20 horas, e aos sábados pela manhã. O curso é direcionado a estudantes e profissionais das áreas biomédicas e é necessário ter cursado a disciplina de Farmacologia. Informações pelo tel.: 3320-3680.

* Canal 15, da NET, a UNITV, está com o seu programa Entrevistas & Debates. O UNITV é feito nas dependências da PUC, na avenida Ipiranga. Acesse o site http://www.unitv.tv.br/ para conhecer a programação.

Aos aficcionados


Amanhã, domingo, 6, no Ginásio Bolão Gaúcho, em Canoas (rua Araçás, perto da estação do Trensurb), acontece mais um torneio de boxe olímpico - torneio Punhos de Ouro. São cerca de quatro horas de lutas ( masculino e feminino), em praticamente todas as categorias.
Início às 16h30min. Uma promoção da Federação Gaúcha de Pugilismo, Boxergs (acesse o site linkado ao Conselheiro X.), com ingressos a 5 reais. Vá e confira as feras do boxe gaúcho.

Rumo ao alto







Imagens do botânico, ontem, quando ainda não fazia este belo sol.

PUC Notícias


* A Editora Universitária da PUCRS (Edipucrs) publicou um livro on-line - Comunicação e Gênero: a Aventura da Pesquisa.
Organizado pela professora Ana Carolina Escosteguy, o e-book é resultante de artigos escritos por pesquisadores do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação Social, Famecos, e reúne relatos de pesquisa sobre as relações do gênero no campo da comunicação, incluindo relatos de presidiárias. O acesso ao livro pode ser feito pelo site www.pucrs.br/edipucrs/comunicacaogenero.pdf

A volta do Americano

No passado, o Clube Recreativo Americano era um dos locais de lazer do Jardim botânico, e seus bailes e festas deixaram saudades. Com um terreno restante, na rua Serafim Terra, 49, onde hoje é uma área baldia, o Americano pertence a uma época em que o nosso bairro tinha um perfil completamente diferente do atual - todo mundo se conhecia, as ruas eram de terra, a grande maioria das casas eram de madeira.
Época em que havia o Amazonas, o Universal, o Leal Santos, o Cometa, o Ararigbóia, e, mais adiante, o São Pedro - estes, todos, times de futebol. Já o Americano se destacava pela vida social. Por que não poderá ressurgir?, eis a pergunta. Veja este depoimento de Joel Duarte, 57 anos, contador aposentado, morador da rua Itaboraí.
* Clique na seta para ver o filme rodar.

sexta-feira, julho 04, 2008

Allure, hoje


Planejado para receber seus primeiros habitantes no próximo verão, o condomínio Allure, da Residencial Rossi, está com suas obras a pleno vapor. Veja esta imagem desta sexta-feira (quando o sol apareceu por poucos minutos), na rua Felizardo. A imponência da torre (18 andares) se destaca sobre a paisagem. Dizer que neste local, antigamente, havia uma chácara de agrião.
Em acelerado processo de transformação, o Jardim Botânico está se transformando em um dos bairros preferidos para quem quer morar bem, perto de tudo.
* Para ver a foto ampliada, clique em cima dela.

O shopping que mudou o perfil do bairro Botânico irá completar 10 anos de existência


Ele foi, e é, o mais importante estabelecimento comercial do Botânico, o empreendimento que modificou as características e valorizou toda a região à sua volta. Visto da Ipiranga, torna-se ainda mais grandioso – e quem não se lembra dos vários anos da sua construção, em um terreno que faz parte da história do JB, com dois campinhos de futebol varzeano?
Pois ali (avenida Ipiranga, 5200), em 16 de novembro de 1998, implantou-se o Borbon Ipiranga, empreendimento do grupo Zaffari, empresa que fatura mais de 1,5 bilhão de reais por ano, emprega cerca de 8 mil pessoas e é a quarta maior receita do setor no Brasil e a única entre as quatro grandes redes de supermercados com capital cem por cento nacional.
Fazer compras ou simplesmente passear no shopping Ipiranga é um programa quase obrigatório para todos os moradores do Jardim Botânico e dos seus arredores. Pudera: de porte médio, para shopping, acolhedor, com 70 mil metros quadrados de área construída, 52 pontos comerciais, vários quiosques de serviços, uma praça de alimentação com 700 lugares, o local conta ainda com um hipermercado aberto das 8 horas da manhã até à meia-noite e que também funciona aos domingos.
Aqui é possível se assistir aos mais recentes lançamentos cinematográficos, para todas as idades, em algum dos oito cinemas da marca Cinemark, inclusive em horários matinais, a preços reduzidos. Também no verão se encontra um bom chope, uma comida portuguesa (Restaurante Calamares), café e música ao vivo, além de concertos comunitários e cantores e instrumentistas de qualidade que tocam de quartas aos sábados, na praça de alimentação, não só música popular brasileira, como pop, rock, baladas, bossa nova.
No interior do Ipiranga estão vários caixas eletrônicos, uma agência da Caixa Econômica Federal, uma casa de jogos e uma banca de revistas extremamente sortida, com centenas de títulos em todas as áreas. Há, ainda, mais de uma dezena de telefones públicos, banheiros em perfeito estado de limpeza e fraldários. Externamento, no subsolo, o estacionamento abriga centenas de veículos.
GIGANTE – O grupo Zaffari é totalmente gaúcho, o único entre os quatro grandes com capital totalmente nacional e gestão familiar (apesar de muito assediado por grupos estrangeiros).
Os hipermercados Zaffari são voltados para um público classe A e B, que buscam variedades de produtos, atendimento especial e conforto na hora das compras. Costuma-se dizer que o Zaffari não briga por preços pois disputa um segmento mais abastado. No ano de 2004 a rede faturou 1,3 bilhão de reais, com receita por metro quadrado de 11,2 mil reais – maior que o líder mundial norte-americano Wal-Mart. A empresa, no entanto, não costuma revelar os valores dos seus investimentos.
Além de, recentemente, ter comprado o estádio do Força e Luz, no vizinho bairro de Santa Cecília (negócio de 9,5 milhões de reais), está investindo pesadamente em São Paulo, mo bairro de Perdizes, área nobre da cidade, onde, recentemente, abriu um Bourbon voltado para a classe, com175 mil metros quadrados (quase três vezes maior do que o Ipiranga) de área construída, cerca de 200 lojas e 10 cinemas. A idéia é competir com o grupo Pão de Açúcar e suas lojas especiais – o investimento total não foi revelado. No Rio Grande do Sul, o Zaffari compete com o grupo Sonae (marcas Nacional, Big e Maxxi), que agora pertence a Wal-Mart.
Nada mau para uma empresa que iniciou em 1935, quando o fundador Francisco José Zaffari e sua esposa Santini de Carli montaram uma pequena loja de comércio na Vila Sete de Setembro, no interior de Erechim. Anos mais tarde a empresa expandiu-se para Herval Grande. Nos anos cinquenta os negócios iam tão bem que a família inaugurou as primeiras filiais nas localidades vizinhas e, em 1960, chegou a Porto Alegre, abrindo um atacado. O Zaffari atua, desde os anos 80, na industrialização e comercialização de alimentos e é dono, hoje, das marcas Café Haiti e biscoitos Plic-Plac.
ZAFFARI BOURBON IPIRANGA – Tel.: 3315.5111
Arthur Moreira Lima na inauguração

A inauguração do Bourbon foi uma solenidade e tanto: naquele dia 16 de novembro de 1998 mais de 2 mil pessoas se acotovelaram na esquina da Ipiranga com Guilherme Alves para assistir aos festejos e aos discursos. Primeiramente o consagrado pianista carioca Arthur Moreira Lima executou o hino nacional brasileiro. A orquestra e o coral da PUC também se apresentaram para o público e para uma comitiva de autoridades que incluía o prefeito em exercício de Porto Alegre, José Fortunatti. A matriarca da família Zaffari, dona Santina, viúva do fundador Francisco José, fez o corte da fita inaugural, tendo ao seu lado o diretor-superientende da Cia Zaffari, Marcelo Zaffari.
Disse Marcelo: “Este shopping é uma flor com pétalas de concreto e vidro que se abre no bairro Jardim Botânico para tornar Porto Alegre ainda mais bela e agradável”.
PRÉDIO INTELIGENTE – Concebido pelos mais modernos padrões arquitetônicos, tendo em vista a satisfação e o bem estar dos clientes e visitantes, o Bourbon ocupou 1350 empregados diretos na sua construção. O terreno tem 39 mil metros quadrados (dos quais o hipermercado ocupa 10,8).
Um sistema de última geração controla toda a infra-estrutura do prédio: climatização, segurança das portas, rede hidráulica e até a refrigeração automática dos alimentos. A energia elétrica é garantida por três subestações que atendem de forma independente os cinemas, o shopping e o hipermercado. O Borbon faz parte dos chamados “prédio inteligentes”, tanto que, em caso de queda da energia elétrica, ela é automativamente ativada por um sistema automático que garante energia contínua por mais 24 horas, bem como a regulagem da temperatura do ar condicionado central.
A obra, que revolucionou a vida do Jardim Botânico, trouxe inúmeros benefícios para a comunidade. A ponte sobre o Dilúvio, na Guilherme, por exemplo, foi construída naquela ocasião, em uma parceria entre a empresa e a Prefeitura. Também foram asfaltadas as ruas em volta do complexo, foi aberta a 18 de Setembro para o tráfego e se investiu em iluminação pública e em obras do esgoto cloacal na Guilherme Alves, na 18 de Setembro e na avenida Ipiranga.
Por outro lado, a Associação dos moradores acompanhou de perto todo o processo de instalação. Em reunião com representantes da Cia Zaffari, a AMAJB (conforme a então secretária Laura Ferreira) cadastrou cerca de 500 moradores do bairro e imediações que desejassem trabalhar ali, sujeitos posteriormente ao processo de triagem e seleção.

Feira da Felizardo Furtado







A feira da rua Felizardo Furtado aconteceu nesta sexta, à tarde e à noite, ao lado do condomínio residencial Felizardo Furtado. Tradicional, ela ocorria antes na rua Itaboraí. Veja algumas imagens.

PUC Notícias

* O Laboratório de Mercado e Capitais da PUC-RS está com inscrições abertas para o curso Apreenda a Investir na Bolsa de Valores - Ênfase na Análise Fundamentalista e Gráfica. O curso, que acontece nos dias 7,8 e 9 de julho, é destinado a profissionais liberais, executivos, investidores, professores e estudantes, e mostra os benefícicios de um planejamento financeiro pessoal, além de explicar o funcionamento do mercado de ações, de forma prática. Acesse www.labmec.com.br

O blá-blá-blá do Conselheiro


Dizem que a falta de sol, de luz, deixa o sujeito meio tristonho. Deve ser verdade, pelo menos na experiência pessoal é assim. Falo isso porque o sol anda sumido há muitos dias - nem lembro qual foi a última vez em que o astro rei brilhou sobre o céu da nossa pátria amada.
Esse clima cinzento, úmido, é bem coisa de inverno, e a gente tem que se acostumar com ele. Ou então pegar um avião e ir lá pra Bahia.
Quando garoto, morei na Bahia, e tenho a maior consideração por aquela terra e aquele povo. E por aquele sol, que reina soberano praticamente todo santo dia.
Ao contrário da grande maioria, sempre gostei mais da boa terra nesta época do ano, no inverno, quando a horda de turistas ainda não se faz presente e Salvador vive a sua rotina pacata, a sua vida real. Chove muito por lá, nestes meses, e, de vez em quando, o sol também some, o que deixa os baianos irritados e apreensivos. Três dias sem sol é, digamos, o limite: no terceiro dia os baianos já estão de olhos grudados nas nuvens, esperando por ele, e comentando a sua ausência.
Nunca fui aos países nórdicos, mas sei que lá, no inverno, passam semanas, ou meses, sem a luz solar, o que, convenhamos, deve influir no ânimo do povo. Imagine um mês sem sol, com tudo coberto de neve, frio de rachar. Não deve ser fácil. Na Rússia, então, dizem que é ainda pior. Talvez seja por isso que os russos bebem tanta vodka e fazem tantas revoluções.
Ah, a Bahia... Quando lembro nela, lembro da rua Coqueiros da Piedade, onde morei, de dona Maria, uma senhora negra, corretíssima, que mantinha a pousada mais asseada de toda Salvador. Dona Maria - que, espero, ainda esteja viva - era uma mulher rigoroso, mas sempre dentro dos limites. Proibia os homens de levarem mulheres para os quartos e, quando isso acontecia, gritava lá de dentro: "Depois eu quero falar com você!" A gente era advertido, pedia desculpas, dizia que não iria reincidir, reincindia, e assim ia a coisa.
Conhecia Salvador quando ainda havia toque de recolher no Pelourinho, na época bem diferente do que é hoje - hoje está bonito, é ponto turístico, cultural, com muitos bares.
No início dos anos oitenta, entretanto, o Pelourinho era zona de prostituição e boca de fumo. A polícia prendia que andasse nas ruas depois das dez horas da noite. Aqueles casarões centenários abrigavam todo tipo de gente do baixo mundo - ladrões, assaltantes, traficantes, putas, viciados. Havia uma senhora, com mais de setenta anos, que vendia maconha - e todo mundo sabia quem era. Dizem que guardava o produto na geladeira.
Foi no Pelourinho, em 1981, que conheci uma das minhas admirações literárias: Rubem Braga. Havia - não sei bem o motivo - uma festa que reunia toda a nata da intelectualidade baiana por lá, com convidados de fora. Acho que era a comemoração dos 70 anos de Jorge Amado, alguma coisa assim. Jorge Amado, para quem o viu pessoalmente, impressionava pela brancura da pele.
Conheci Rubem Braga por acaso. Garotão, sem dinheiro, conheci um casal que estava bebendo cerveja. Começamos a conversar e o homem - um tipo novo rico, exibicionista - ficou sabendo que eu adorava o velho Braga. "Ah, o Braguinha! É meu amigo, quer conhecê-lo?". Em seguida, me arrastou para junto de onde estava o maior cronista brasileiro e disse: "Braguinha, meu querido! Quero te apresentar um amigo".
Rubem Braga - que tinha a fama de temperamental e irascível - foi pego de surpresa. Acho que nem sabia quem era aquele seu "amigo". Mas fui até ele, apertei sua mão, disse que o admirava, troquei mais algumas palavras e caí fora - que pra chato é que não sirvo.
Recordo perfeitamente do velho Braga - um tipo leão-marinho - com seu bigode e sua pequena estatura. Sempre que o releio - e faço isso seguidamente - lembro daquela noite, lá em Salvador, uma noite estrelada, bela e agradável como a Bahia.

quinta-feira, julho 03, 2008

Você sabia que?

* Quinta-feira: dia cinzento, nublado e úmido.

* Em 1839, um vereador de Porto Alegre quis transformar a antiga "Várzea de Petrópolis" em um Jardim Botânico, mas não conseguiu?
* Que o arroio Dilúvio era conhecido como "Arroio do Sabão"?
* Que, no início do século XX, onde hoje é o Shopping Bourbon, era a "Casa dos Cabritos", uma escola e, embaixo, um abrigo, onde uma família cuidava do colégio?
* Que, quando chegou a água encanada, os moradores do bairro não aceitaram a novidade, preferindo continuar com seus poços?
* Que o primeiro ônibus do JB atropelava pessoas e animais e demorava mais de uma hora para ir ao centro?

PUC Notícias. A INTERNET 15 anos atrás;




* Quinze anos atrás, a Internet era quase uma promessa (tinha 500 mil usuários!). E ainda estava sob o controle do Governo... Nem passou tanto tempo assim, e ela é isso que estamos vendo hoje. Leia na VEJA, de 1993, o que eram os primórdios da rede mundial, no Brasil. Clique sobre a IMAGEM PARA LÊ-LA PERFEITAMENTE.


* Núcleo de Estudos Lusófonos e Grupo de Pesquisas de Literaturas Lusófonas, do programa de pós-graduação em letras da PUCRS, promove, dias 7 e 8 de julho, a jornada de pesquisas "Modernidade e Pós-Modernidade nas Literaturas Lusófonas". O evento acontece das 8h30min às 17 horas, no auditório Ilvo Clemente, sala 305, prédio 8, do campus central, na avenida Ipiranga.









Hospital São Lucas foi inaugurado pelo Presidente Geisel em outubro de 1976




Muita gente não se recorda, mas o Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica, PUCRS, é irmão do Condomínio Habitacional Felizardo Furtado.
Pelo menos na data de inauguração e na pessoa inauguradora – o então presidente da República Ernesto Geisel.
Foi ele quem cortou a fita inaugural do primeiro hospital da Congregação dos Irmãos Maristas em todo o mundo (hospital que muita gente, erroneamente, pensa não estar localizado no Jardim Botânico). O dia era 29 de outubro de 1976, uma sexta-feira, e o São Lucas surgiria ao mundo como “Hospital Universitário da PUCRS” - um hospital geral, destinado a pacientes adultos e crianças e também um local de estágio para os mais de 800 alunos de vários cursos da PUC.
As obras haviam iniciado em 1972 e, em 1973, estavam concluídos os laboratórios, colocados à disposição para o ensino médico, com os estudantes do curso de Medicina atendendo sob orientação dos professores da Faculdade. Em 1982, por razões jurídicas – e também por ter mudados seus objetivos iniciais – passou a ter a denominação atual.
200 MILHÕES DE CRUZEIROS
- A construção só foi possível graças a subvenções estaduais (seis hectares foram doados pelo Governo do Estado), subvenções federais e financiamentos externos, além dos recursos da própria PUC.
O São Lucas foi o trigésimo nono hospital de Porto Alegre e aproveitou a primeira turma do curso de Medicina da Universidade, formada em 1975. O custo total da obra foi de 200 milhões de cruzeiros – o que valeria isso hoje?
Na época da inauguração tinha 40 mil metros quadrados de área construída, capacidade para 600 leitos, 27 ambulatórios, além de laboratórios, salas de raio X, etc. Um completo equipamento para atendimento geriátrico veio do Japão e, em breve, passaria a contar com setor de Medicina Nuclear e Praxiterapia. O Centro Cirúrgico contava com 12 salas. O início do funcionamento, entretanto, não seria imediato.
Naquele 29 de outubro, depois do Presidente ter inaugurado o Condomínio Felizardo Furtado, sua comitiva deslocou-se até a avenida Ipiranga, onde foi recebida pelo Irmão José Otão, Reitor da PUC, pelo Cardeal D. Vicente Scherer e por um grupo de professores. Geisel – que tinha a seu lado o governador Sinval Guazzelli – descerrou a placa comemorativo e D. Vicente deu a benção.
Atualmente circulam pelo São Lucas cerca de 18 mil pessoas, todo dia, muitas delas vindas de outros Estados. A área construída, neste momento, é de 55 mil metros quadrados, sendo 49 mil de hospital e seus serviços e 6 mil do Centro Clínico. Cerca de 2.300 funcionários trabalham no local, sendo 170 médicos residentes e um corpo clínico de outros 550 médicos. O estacionamento é suficiente para 1.500 veículos. Internamente, são 549 leitos para pacientes internados, sendo 440 de internação convencional e 78 de UTIs – adultos, coronariana, pediátrica e neonatal – além de 22 leitos de observação para pacientes de urgência. O ambulatórios está projetado para 110 consultórios e atualmente passa por modificações.
CENTRO DE REFERÊNCIA - O Centro Clínico foi inaugurado em 1988 e abriga 160 conjuntos, 64 especialidades médicas e é destinado preferencialmente aos professores da Faculdade de Medicina. Mantido pela UBEA – União Brasileira de Educação e Assistência, uma entidade civil da congregação dos Irmãos Maristas em Porto Alegre – o São Lucas tem nove pavimentos, sendo o último com apartamentos de internação particular e de luxo. Atende também pelo Sistema Único de Saúde, SUS, e seu objetivo oficial é “ser reconhecido, no Brasil, até o ano 2010, como um hospital padrão de referência em gestão, assistência, ensino e pesquisa em saúde”.
O nome homenageia São Lucas, apóstolo, médico e padroeiro dos médicos. O diretor geral e administrativo da casa é Leomar Bamman, sendo o Irmão Solimar Amaro o diretor adjunto administrativo. O diretor técnico é o Dr. Mateo Baldisserotto e o diretor clínico e acadêmico é o Dr. Carlos Fritscher, tendo como diretor financeiro o bacharel Antonio Felipe Mercali.
TELEFONES: 3320.3000 (geral). 3320.5000 (centro clínico).

Juca e o uísque


Do baú: Juca Chaves, fazendo propaganda de uísque, em uma revista Realidade (lembram?), de 1967. (arquivo do Conselheiro X.)

O Blá-Blá-Blá do Conselheiro


Perca a voz e veja como ela faz falta. Foi o que aconteceu com este pobre Conselheiro, que, neste momento, desde a noite de ontem, está afônico e fala pela barriga, em tom quase inaudível, o que irrita a todos e ao próprio Conselheiro.
A culpa é desse nosso clima, desse nosso inverno, desta vez ainda úmido do que os anteriores. Culpa do inverno, do frio, da umidade, do FMI, da globalização, das perdas internacionais, do Bil Gates, desse modelo neocolonial etc etc.
De fato, estou irritado. Como disse, perca a voz para ver como ela faz falta, como o homem é um animal falante, que depende das suas cordas vocais para tudo. Fui tomar um café na padaria e levei cinco minutos tentando dizer que queria um copo de café preto. A atendente me olhou como se eu fosse um ET, um misto de espanto e desprezo, e no final tive que apelar para os gestos, naquela base do "índio quer café", "índio pede isso" - e por aí afora.
Lembrei de uma vez, em Niterói, RJ, em um bar restaurante, ao lado da rodoviária. O dono e todos os garçons eram portugueses, de origem ou nativos. Toda noite eu ia lá, beber uma cerveja (ou meio dúzia também) e tomar uma sopa restô - a sobra de tudo que sobrava, algo incrivelmente delicioso, ainda mais delicioso porque o garçon - sujeito simpático e bonachão, torcedor do Vasco - trazia o prato com o dedão dentro da sopa. Não sei o que tinha de mágico naquele dedo polegar, sei que o dia em que um outro rapaz me serviu - sem o dedão - ela já não tinha o mesmo sabor, o mesmo aroma, o mesmo tempero. Vê como um detalhe pode fazer toda a diferença.
Pois um dia apareceu neste restaurante um grupo de surdos-mudos - todos meio pilantras, daqueles que ficam pedindo dinheiro através daqueles bilhetinhos calhordas, em nome de não sei qual instituição pilantrópica. Estavam lá, em uma mesa, três homens e uma mulher, todos surdos, todos mudos, porém falando muito, na base dos sinais, obviamente.
Uma hora um deles se alterou e fez um sinal para o outro que estava à sua frente - sinal de chifres, chamando o cara de corno. O ofendido, imediatamente, pegou um copo de cerveja e jogou na cara do outro. Não lembro bem como terminou - mas que o cacete rolou, rolou.
Nem sei bem porque estou falando dessas coisas, agora que sou mudo. Talvez porque me sinta colega dos mudos, dos surdos, dos portugueses, dos garçons, ds bactérias, dos humilhados e ofendidos, dos pilantras, dos cornos. Experimentem mudos e vocês vão ver como a gente muda, meus irmãos(Conselheiro X.)

quarta-feira, julho 02, 2008

O blá-blá-blá do Conselheiro


Vocês já devem ter reparado: hoje em dia tudo é bastante, não existe mais muito.
Não se sabe o porquê, mas, de uns tempos prá cá, em qualquer veículo de comunicação, em qualquer conversa na tevê ou no rádio, o que sobra, e bastante, é o bastante.
Os repórteres dizem que está "bastante frio", "bastante quente", "bastante ruim", bastante bom", "bastante alto", "bastante mal feito". Tudo é bastante, e estamos conversados.
Bom, vivemos de modismos, de frases feitas, de clichês, de atentados à lingua. Já teve a época do "prazeiroso" (ou será "prazeroso"?) - que, em última instância, quer dizer "agrádável". Até o nosso presidente, com a sua língua presa, acha tudo prazeiroso - jamais agradável.
Agora vivemos a era do "bastante". Um general espartano,de dezoito estrelas, esses dias, na tevê, disse que a Amazônia tem "bastante estrangeiros".
Vou procurar no Dicionário para saber o que é, exatamente, bastante. Tenho a leve impressão que bastante é o que basta, o suficiente. Como, hoje, o dia foi bastante cinzento, acho que isso é o que nos basta, e estamos conversados. Será que me fiz entender "bastante bem"? (Conselheiro X.)

PUC Notícias


* O Laboratório de Mercado de Capitais da PUC-RS está com inscrições abertas para a palestra Bolsa de Mercadorias e Futuros, BM&F. O objetivo é oferecer noções básicas das operações, especialmente com índices, dólar e commodities. A palestra acontece nesta quinta-feira, 3, das 18 às 19 horas, na sala 705 do prédio 50, no campus da avenida Ipiranga, 6681. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site http://www.labmec.com.br/. Informações pelo tel.: 3384.4449.

*Sexo, Drogas e Comunicação, este é o tema do debate da Faculdade de Comunicação, FAMECOS, nesta quinta-feira, 3, às 19 horas. Os palestrantes serão Carlos Gerbase, Francisco Menezes e Mirele Kruel. Gratuito. Informações: Tel. 3320-3658.

* A PUC-RS divulgou, na terça-feira, os classificados na Lista de Espera do Vestibular de Inverno 2008. Nesta quinta-feira, 3, das 9 às 17 horas, os candidatos relacionados deverão comparecer ao segundo pavimento do prédio 50 para entregar a documentação exigida para a matrícula. Acesse site www.pucrs.br/vestibular

A cara do dia, no Botânico

Um homem gordo, vestido de preto, caminhando no asfalto da rua Itaboraí, em um dia cinzento e de garoa (como foi esta quarta-feira): a imagem do dia, no JB.
*Clique em cima da imagem, para vê-la ampliada

UTI superlotada no Hospital São Lucas da PUC


A assessoria de imprensa do Hospital São Lucas da PUC-RS enviou, esta manhã, e-mail ao Conselheiro X., avisando que a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do hospital está superlotada e sem condições de receber novas pacientes. A direção solicita a estas que procurem outras instituições.


Inaugurado em 1976, o Hospital da PUC é uma das referências no bairro Jardim Botânico.

A moderna igreja de São Luís

Padre Paulo, oficiando a missa, em um dia de comunhão (clique em cima da foto p/ ampliá-la)



Uma bela igreja (foto), com 540 metros quadrados, deverá surgir até o final do ano no Botânico, mais especialmente na rua Guilherme Alves, 574, ao lado da que hoje existe. Trata-se da nova igreja de São Luis Gonzaga, dirigida pelo padre Paulo Aloisio Unrath.

Os recursos para a construção são da prória paróquia e os demais provindos de doações e eventos promocionais realizados na comunidade. O projeto é dos arquitetos Maria Inês Bolson Lunardini e Ari de Oliveira e tem o mérito de ser o trabalho de conclusão do curso de Arte Sacra da Arquidiocese de São Paulo, onde recebeu um prêmio.
A paróquia São Luis (Tel.: 3336.1065) foi fundada em 15 de agosto de 1968 e sua construção também deveu-se, em grande parte, à colaboração da comunidade. Antes dela, os fiéis católicos do bairro costumavam frequentar a igreja de São Sebastião, na avenida Protásio Alves, ou então a de São Jorge, no Partenon.
Patrono da Juventude, italiano de nascimento, São Luis Gonzaga morreu aos 23 anos, no dia 21 (quando comemora-se o seu dia) de junho de 1591, como noviço da Companhia de Jesus (jesuítas). Isso aconteceu durante uma grande peste que assolou a cidade de Roma. Luís havia sonhado com a sua morte, e resolveu então ir à Cidade Eterna, dar asssistência às vítimas do contágio. De família nobre, costumava visitar doentes e encarcerados, tendo feito voto de castidade aos nove anos.

Guilherme com Itaboraí


Imagem do condomínio residencial da rua Guilherme Alves, esquina com a Itaboraí, construído, não faz muito, pela empresa Maiojama. Belo, sólido e sereno, um dos dois edifícios mostra suas luzes em meio às noites úmidas deste nosso inverno.
* Clique na imagem para ampliá-la

PUC Notícias

* A FAMECOS, Faculdade de Comunicação Social da PUC-RS, promove hoje, às 19 horas, com entrada franca, no prédio 7, (campus da avenida Ipiranga) a sua sessão Teccine, com a exibição de filmes produzidos por alunos do Curso Superior de Tecnologia em Produção Audiovisual. Hoje serão exibidos "Tudo Bem", de Francisco Milano e Gabriel Dinnebier, "Longe de Casa", de Maria Clara Bastos, e "Fragmento do Bolo", de Paola Winck. Amanhã a sessão se repete, com novos filmes.

Manoel ajudou a construir o conjunto da Felizardo Furtado, nos anos setenta




Manoel (de boné): muitos operários, trabalhando dia e noite. Na foto maior, parte do condomínio, visto da Escola Superior de Educação Física.




Seu Manoel Barros da Silva tem 81 anos, nasceu em Portugal e mora no Jardim Botânico desde os 13 anos de idade. Entre outras coisas, é testemunha ocular da construção do Conjunto Residencial Felizardo Furtado.
Mais que testemunha: trabalhou na obra, do seu início, no verão de 1974, até o término desta, em 1976. “Comecei e terminei. Foi uma obra rápida. Tinha mais de 2.500 pessoas trabalhando, em certa época”, conta ele. “A construtora foi buscar gente no interior e veio até uma turma de Santa Catarina”.
Funcionário do almoxarifado, durante 20 anos empregado da empreiteira Gus Livonius (que não mais existe, tal como era), ele recorda do ritmo intenso da construção e da seriedade como ela foi feita.
“A obra não parou nunca, eram dez horas da noite e tava chegando concreto. E o fiscal do Inocoop estava sempre junto, conferia pessoalmente cada detalhe e às vezes mandava desfazer e refazer porque não estava de acordo. Também havia muito cuidado com a segurança, tanto que não me lembro de nenhum acidente sério”, relata.
Outra coisa: os peões tinham alojamento no local e refeições no local, com café da manhã, almoço e janta. Seguindo um cronograma rígido, cada edifício era concluído inteiramente, partindo-se então para a execução de outro dos oito prédios. Um posto de vendas, no lado da rua Ferreira Viana, recebia a visitas dos interessados, que adquiriam os apartamentos confiando nas especificações da própria planta arquitetônica.”Quando terminou, tava quase tudo vendido”, assinala seu Manoel.
AMAZONAS – Residindo ainda hoje na Barão do Amazonas, seu Manoel pegou o Jardim Botânico em um tempo quase rural, a época da Vila Russa. “Meu pai tinha uma chácara na Salvador França. Lembro do Chico Tatão, os filhos dele tinham vacas de leite, no lado de cá da Salvador, que era de chão batido, quase não tinha casas, eu caçava passarinhos ali. A Ipiranga não existia, era só um caminho, e o arroio Dilúvio era um riacho desgovernado.”
As águas do arroio Dilúvio da década de 40 e 50 eram então límpidas, garante ele, e nelas se pegava cascudos, que alguns meninos vendiam nas ruas.
“Era uma água branquinha, limpinha”, recorda seu Manoel.



* Para conhecer a história do CRFF, acesse as postagens de "abril" e "maio".

Vale a pena ver de novo: Gisele, sem a fama


Quando ainda era uma promessa - e tinha apenas 14 aninhos - Gisele Bünchen se dizia injustiçada por ter perdido um concurso de modelos. Mas conseguiu o seu primeiro contrato internacional - ganhou 50 mil dólares. Hoje a moça é dona de um patrimônio de mais de 200 milhões de dólares.
Matéria da revista Veja, de setembro de 1994.
* Clique em cima da imagem, para ler a matéria.

terça-feira, julho 01, 2008

Otávio de Souza iniciou como escola de madeira


Biblioteca: aberta à comunidade, inclusive para empréstimos. Dentre os alunos mais famosos, dizem, está o cantor Armandinho.

A Escola Estadual Professor Otávio de Souza – ou, mais simplesmente, o Otávio de Souza – é a escola publica de primeiro e segundo graus do Jardim Botânico. Muitos alunos do bairro freqüentam o colégio Leopoldo Titheboll, ou o Santa Inês, mas é no Otávio que passaram a maioria dos moradores mais antigos, e é dele as lembranças do tempo em que não passava de um coleginho de madeira situado no terreno da Escola Superior de Educação Física, ESEF, e não, como hoje, um prédio de alvenaria na rua Afonso Rodrigues.
“Nós somos um colégio que mistura muitas crianças de famílias de baixo poder aquisitivo com outras de melhor situação”, explica a professora Liramar Cortizo Garcia dos Santos.
Com cerca de 1.100 alunos e 15 salas de aulas, 65 professores e funcionários, o Otávio tem três turnos de aulas (manhã, tarde e noite). A grande maioria dos estudantes são do próprio Jardim Botânico ou da Vila Cachorro Sentado, do outro lado da avenida Ipiranga. Segundo a diretora, há vagas para todos os que procuram estudar.

Tempos atrás, a escola tinha dois cursos profissionalizantes – auxiliar de contabilidade e auxiliar de escritório – mas isso não mais existe.
VELHOS TEMPOS – No dia primeiro de novembro de 1978 os alunos e professores deram adeus ao modesto prédio da rua Felizardo – na verdade, uma “brizoleta” de madeira – e passaram a ocupar o atual, de alvenaria, na rua Afonso Rodrigues, 100. Naquela época a diretora era a professora Bernardete Acauan Correa.
Até então, a escola só ia até a quinta série. Em 1977, porém, já havia sido autorizado o funcionamento da sexta, sétima e oitava séries – foi então que passou a se chamar de Escola Estadual Professor Otávio de Souza. Logo depois – em 1982 – foi autorizado o Segundo Grau.
O Otávio de Souza tem uma história que acompanha a do bairro. Criado, oficialmente, em maio de 1942, e somente em 1947 passou a se chamar “Grupo Escolas Professor Otávio de Souza”, em homenagem a um conhecido médico porto-alegrense que faleceu em um naufrágio marítimo – o do navio “Astúrias”, em 2 de dezembro de 1933.

Além de médico, Otávio de Souza foi professor, diretor da Faculdade de Medicina e presidente da Sociedade de Medicina do Rio Grande do Sul. Também dirigiu uma das enfermarias da Santa Casa que, aliás, ainda hoje leva o seu nome.
As aulas só começaram, efetivamente, em 1952, no prédio da rua Felizardo, sob a direção da professora Ruth Magalhães. Eram apenas sete salas de aulas, utilizadas em três turnos. Em 1962 o colégio já contava com três pavilhões.
DISPLICÊNCIA MODERNA – Veterana no magistério, a professora Maria Aparecida não quer dar a entender que é saudosista. Mas, aos poucos, começa a contar histórias de vinte, trinta anos atrás, um tempo em que – segundo ela – os professores eram bem mais valorizados, os alunos respeitavam os mestres e os pais participavam mais da educação dos seus filhos.
“O que a gente sente é que, hoje, a família deixou nas costas da escola a missão de educar. Esqueceram que isso começa em casa, com eles próprios. Mas são os tempos modernos, né, ninguém tem mais tempo pra nada, os pais trabalham fora, é muita correria”, diz, lamentosa.
Outra que fala do passado no mesmo tom é a professora Olga Grimaldi, com mais de 30 anos de magistério.

“As coisas mudaram muito, os alunos de hoje não têm respeito, são muito diferentes do passado. Basta ver que é proibido o celular ligado em sala de aula, mas eles não estão nem aí, atendem na hora. Eu até já pensei em desistir do magistério por causa disso”.
Lembranças semelhantes tem Neusa Marina Jardim Pastor, moradora da Barão do Amazonas e que recorda do Jardim Botânico no final dos anos sessenta e nos anos setenta. “Onde tem os blocos era uma chácara de agrião. Lembro do armazém da dona Versa, na Valparaíso, do Supermercado Dalmás, o único do bairro, lá por 1976. Também lembro que, nos altos da Felizardo, perto da Fundação Zoobotânica, havia a dona Eva, uma doceira e quituteira muito solicitada, todo mundo encomendava os doces dela para as festas.”
Dentre os alunos mais famosos que passaram pelo Otávio, está um tal de Gabriel – que, dizem, jogou no Fluminense em não se sabe que época. E o cantor Armandinho, que faz sucesso nas paradas musicais: “Pelo que eu sei, ele estudou aqui”, dizem as professoras, sem total certeza do fato. Outra figura conhecida, que trabalhou na escola, foi a ex-secretária de Educação e vereadora, Margarete Moraes – ainda residente no bairro.
BIBLIOTECA E COMPUTADORES – Nem todos sabem, mas o Otávio de Souza conta com uma biblioteca aberta ao púiblico, de segundas às sextas, durante o dia e, à noite, até as 22 horas. Qualquer pessoa do bairro pode ir lá, comprovar sua residência, pagar uma taxa de inscrição que não passa de cinco reais, e retirar um ou mais livros pelo prazo de duas semanas.
Embora modesta, a biblioteca tem livros em bom estado de conservação, enciclopédias (somente para consultas), muitos best-seller e revistas variadas.
Outro atrativo: o Otávio conta com uma oficina de informática, que funciona à noite, e é aberta à comunidade.
Serviço:
* Escola Estadual Professor Otávio de Souza
* Rua Afonso Rodrigues, 100 (tranversal da Guilherme Alves). Tel.: 3336-0769

Vale a pena reler: conheça a história do "Doutor Viagra", o pai da pílula azul (que já morou no Brasil e adora futebol, música e caipirinha)



O Viagra hoje é algo tão comum, tão prosaico para muitos, que a maioria sequer sabe como ele surgiu e quem o produziu. Revirando o Baú, o Conselheiro X. descobriu esta matéria da Veja, de dez anos atrás, falando do seu inventor e da pesquisa que consumiu 500 milhões de dólares. Talvez valha a pena ler de novo. Curiosamente, o inventor do Viagra já morou no Brasil. Tá explicado...

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* O fato de ser Veja é porque o C.X. tem a sua coleção quase completa, de 1985 para cá. Mas bem que poderia ser Istoé, Carta Capital ou qualquer uma outra.