quarta-feira, abril 06, 2011

Hoje Nivea Stelmann faz 37 anos.


Durval Barbosa e Giovani Grizotti: os meios realmente justificam os fins? por Glauco Fonseca * (glfonseca@terra.com.br)


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Durval e Grizotti são dois ilustres personagens que têm pelo menos algo em comum: são reconhecidos por trabalharem com gravações clandestinas e de se aproveitarem da boa fé de seus interlocutores - sejam eles bandidos ou mocinhos - em nome de sua missão. Através deste modus operandi, um virou um decidido delator premiado e o outro um recidivo revelador, também premiado. Meios semelhantes, protegidos ou não, legais ou nem tanto, merecem ao menos uma discussão sincera. Eu sei que você também concorda. Todos nós adoramos Durvais e Grizottis. Eles fazem o que a polícia gostaria de fazer, não fossem suas limitações legais, o que o MP poderia fazer, não fossem as normas às quais deve se submeter incondicionalmente e o que o Judiciário deveria ter feito se pudesse rasgar seus códigos processuais quinzenalmente. Mostram a podridão com “qualidade de cinema” (como diria Luciana Genro, ao se referir à participação da então Governadora Yeda Crusius em cena explícita de corrupção, depois desmentida). Não nos esqueçamos, contudo, de que Durval é criminoso e que Grizotti é jornalista. Durval, com suas câmeras e microfones, “armou” para o Governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, além de outros nobres políticos da capital federal, incluindo a filha do ex-governador Joaquim Roriz. O Dicionário Houaiss define armação como “aquilo que se planeja ou encena com a finalidade de lograr alguém”. Se Durval “armou” para cima de várias pessoas, por outro lado (?), Giovani Grizotti faz “reportagem investigativa”. Reportagem investigativa usando recursos nebulosos, câmeras e microfones escondidos, nomes falsos (ou até mesmo documentos, quem sabe?) não só é possível como parece ser incentivado, assim como a... delação premiada! Interessante é o fato de que a delação premiada é um instrumento legal; jornalismo com câmeras escondidas e nomes falsos, não. Quem terá de correr atrás do prejuízo, sendo inocente ou nem tanto, que se vire, certo? Não! E isto ofende vários princípios de direitos humanos e regulamentados. Muitos conhecem minha preferência política. Sou capitalista, liberal e defensor ferrenho do estado democrático de direito, penalizando tanto quem rouba manteiga quanto assaltantes de cofres públicos. Quando vejo uma matéria em que um repórter usa nomes falsos, independentemente de quem seja a “vítima”, sou contra o método. Se ele usa câmeras e microfones escondidos, acredito que se aproxima mais da feição de um delituoso do que de um jornalista. E sempre questiono o resultado. Se a vítima – no caso, o entrevistado com quem o jornalista camuflado conversa – é do partido X ou Y, isto não tem a menor importância. Importa o método e importa que o entrevistado, automaticamente, se torna vítima e, logo em seguida, réu mais do que confesso, isto tudo sem apoio de seu advogado e à revelia de seus direitos mínimos. Se a delação premiada é o último recurso do malévolo, o jornalismo com câmera escondida e nas bordas da legalidade não se aproxima do mesmo perfil, pondo por terra todo o contexto ético que ele supunha defender? Os fins não justificam os meios. Nem mesmo em “estado de natureza”, lembrando Hobbes. Hoje em dia, o homem já não é mais o lobo do homem. Existem instituições que foram criadas para que nos lembremos de limites, de direitos e deveres. Não pode ser considerado usual um jornalismo com recursos subliminares, ainda que eventualmente indultados pela proposta sumária de punição exemplar. Sobre esta questão, leia mais sobre o Caso Watergate e o que foi o chamado, na época, de “jornalismo de intimidação”. Ao Durval Barbosa, o cárcere eterno. Ao jornalismo baseado em métodos embaçados, o banimento, antes que seus agentes secretos obtenham permissão para matar. * Glauco Fonseca é consultor de Marketing
O Museu da Comunicação Hipólito José da Costa promoverá um debate sobre o trabalho apresentado na exposição coletiva de fotografia Shangai, realizada em parceria com o grupo Baita Profissional. O encontro gratuito será nesta sexta-feira, 8, às 10h30, com mediação dos fotógrafos Leopoldo Plentz e Ricardo Chaves. A mostra tem a curadoria de um grupo de fotógrafos, que foram desafiados, em plena era digital, a utilizar um filme tradicional, chamado Shanghai (35mm, preto e branco), fabricado na China. A proposta resultou em ensaios pessoais, conforme a experiência de cada profissional, instigando uma reflexão sobre as novas tecnologias na fotografia contemporânea. A exposição, que pode ser conferida até 28 de maio, de terça a sexta-feira, das 9h às 18h, também faz parte do Festival de Internacional de Fotografia de Porto Alegre (5º FestFotoPoa) e tem a expectativa de atrair profissionais da área, pesquisadores, conservadores e gestores culturais. Mais conteúdo: Confira os fotógrafos participantes da mostra.

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Iniciada nesta quarta-feira, 6, e prevista para prosseguir até o dia 1º de maio, a quinta edição do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, (FestFotoPoa) homenageia Luiz Carlos Felizardo, 61 anos. Profissional gaúcho com mais de 40 anos de atuação, Felizardo reconhecido principalmente pelos registros de paisagens e arquitetura sempre em preto e branco e com negativo de grande formato, bem maiores do que os de filme 35 milímetros normais. Filme? Ah, sim, ele é um ilustre representante da fotografia analógica, mas isso não significa uma escolha de lado do FestFotoPoa em uma suposta disputa entre o analógico e o digital. Felizardo capta imagens em filme, depois trata em programas de edição. “Daqui a 20 anos, quando alguém mexer nos meus arquivos, poderá imprimir minhas fotografias exatamente como as programei, pois o formato digital guarda a marca do autor”, disse ele ao jornal Zero Hora, em reportagem sobre o evento publicada nesta quarta-feira. Mas acrescentou: “No digital, não existe o grão característico do filme. O pixel é muito feio”. Mais de 80 fotografias de Felizardo podem ser conferidas na exposição do FestFotoPoa, no Santander Cultural. O tema deste ano é A Família – Relações Sociais, Memória, Cidadania. Paralelamente, há uma mostra de filmes sobre fotografia no Cine Santander. A programação inclui ainda palestras de profissionais como Jane Evelyn Atwood, norte-americana que vai apresentar e, claro, falar, nesta quinta-feira, 7, às 18h, sobre as imagens que obteve de mulheres em prisões. Instalações, debates e projeções também integram as atrações. A programação completa pode ser conferida aqui.
Secretaria Municipal de Administração publicou na edição desta quarta-feira, 6, do Diário Oficial de Porto Alegre e na Internet - www.portoalegre.rs.gov.br/concursos - o Edital 47. O documento traz a listagem completa dos candidatos que tiveram homologadas as inscrições do Processo Seletivo para contratação temporária de Agente de Combate às Endemias e Supervisor de Campo. A apresentação de recursos sobre as inscrições deverá ser feita nesta quinta-feira, 7. O recurso deverá ser formulado mediante requerimento dirigido à Secretária Municipal de Administração e encaminhado pelo Setor de Concursos da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, rua Siqueira Campos, 1300, 9º Andar, sala 920. Horário: das 9h às 11h30 e das 13h30 às 17h
... Cursos de extensão na área da comunicação A Faculdade de Comunicação Social da PUCRS (Famecos) oferece os cursos de extensão Assessoria de Imprensa no Esporte; Práticas e Rotinas da Reportagem Multimídia; Áudio Promocional e Institucional para Relações Públicas; Comunicação no Ponto de Venda; Produção Musical; Reportagem em Quadrinhos e Retrato para Revista. As inscrições podem ser feitas no Centro de Educação Continuada, sala 112 do prédio 15 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Informações pelo telefone (51) 3320-3727 ou no site www.pucrs.br/educacaocontinuada. ... Grupo Fazendo História promove momento de diálogo para o idoso

O Instituto de Geriatria e Gerontologia do Hospital São Lucas da PUCRS (IGG) promove, no dia 26 de abril, o primeiro encontro do Grupo Fazendo História, dirigido a idosos. O objetivo é criar um espaço de escuta, diálogo e discussão, em que os idosos possam ter um momento de protagonismo, contando suas experiências de vida, expectativas futuras e sua autopercepção do envelhecimento e do seu papel na família e na sociedade. Também haverá momentos para demonstração de talentos e habilidades literárias, musicais, teatrais e manuais, entre outras. Os encontros ocorrerão sempre na última terça-feira de cada mês, até o dia 29 de novembro, das 15h às 16h. Inscrições e informações no IGG, pelo telefone (51) 3336-8153. As vagas são limitadas. ... Concurso de Trovas Literárias A União Brasileira de Trovadores, seção Porto Alegre, em parceria com a Editora Universitária da PUCRS (Edipucrs), realiza o concurso de Trovas Literárias - 21º Jogos Florais de Porto Alegre. Alunos, professores e funcionários da Universidade podem participar enviando no máximo três trovas inéditas para o e-mail editora.eventos@pucrs.br, até o dia 30 de maio. Jogo e Euforia são os temas para as trovas líricas ou filosóficas e Chute para as de assuntos humorísticos. Os vencedores receberão troféu, diploma e terão suas trovas publicadas em um livro especial do evento. Outras informações pelo telefone (51) 3320-3711 ou pelo site www.pucrs.br/edipucrs.
Na próxima sexta-feira, 8 de abril, o Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da PUCRS realiza a sua aula inaugural. A professora Alessandra Aldé, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), falará sobre Mídia e eleições no Brasil: de Collor a Dilma. A atividade será às 16h30min, na sala 301 do prédio 7 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Antes do evento, às 14h30min, será exibido o filme Arquitetos do Poder, de Alessandra