É, muita gente nem faz ideia de como, na década de setenta, era difícil se conseguir uma ligação telefônica, ainda mais se fosse interurbana. Longe de existir o celular ou os modernos aparelhos de hoje, ligar para alguém em outro município ou Estado exigia a ação de uma categoria muito especial: as telefonistas. Quase todas mulheres, elas passavam o dia sentadas, operando as "mesas telefônicas" e tentando conectar uma pessoa com outra. Primeiro o cidadão chamava ia até a central da empresa, informava o número que queria para a moça e ficava ali, aguardando, muitas vezes por horas seguidas, para que a operação se completasse.
Aqueles tempos hoje parecem pré-históricos, tal a facilidade de comunicação instantânea de agora. Quanto às telefonistas, (eram então 1.200 em todo o Rio Grande do Sul) são uma importante categoria que desapareceu com o advento dos avanços tecnológicos, o que torna ainda mais interessante ler esta matéria do Correio do Povo, de Porto Alegre, de junho de 1975, quando nem havia Discagem Direta Internacional no Rio Grande do Sul.