segunda-feira, junho 26, 2017

Nani, em A Charge Online.

O falecimento de Sioma Breitman, o mestre da fotografia gaúcha: janeiro de 1980

Há 37 anos falecia um dos maiores fotógrafos do Rio Grande do Sul, o mestre Sioma Breitman, um judeu ucraniano que, vindo de Buenos Aires, onde aprendeu fotografia, marcou época na capital gaúcha. Fotógrafo preferido das grandes estrelas das mais diferentes áreas - era o preferido de Getúlio Vargas - ele tinha seu estúdio na Rua da Praia e, depois, na Independência. Sioma, a par de fotografar gente famosa, registrou, em imagens memoráveis, os tipos populares de Porto Alegre e a gente interiorana, notadamente nos anos 30 e 40. dele são fotos poéticas da grande enchente de 1941. Nesta reprodução do Correio do Povo, noticia-se a morte do artista, que aconselhava os novatos a andar sempre de "máquina engatilhada, com o cuidado de não espantar a caça".

terça-feira, junho 20, 2017

O antológico LP de Noel Guarani, o payador: 1975

Noel Borges do Canto Fabricio da Silva, ou simplesmente Noel Guarany, foi um dos mais importantes expoentes do nativismo gaúcho. Nascido no dia 26 de dezembro de 1941 em Bossoroca, então um distrito de São Luís Gonzaga, na fronteira entre Brasil e Argentina, descendente de italianos e índios guarani, ele aprendeu a falar tal língua indígena - que o nomearia - ainda na adolescência, por esforço próprio. Depois de ter percorrido diversos países da América do Sul, em apresentações musicais, na década de setenta, em 1971 gravaria seu primeiro LP, Legendas Missioneiras, pela gravadora RGE.
Em 1975, aos 34 anos, lançou o disco Sem Fronteiras, pela EMI/Odeon, com canções que se tornariam antológicas e até hoje tocam intensamente nas rádios, entre as quais o Romance do Pala Velho, Potro Sem Dono, Filosofia de gaudério e Balseiros do Rio Uruguai. Noel Guarani viveu seus últimos anos em Santa Maria, onde morreria no dia 6 de outubro de 1998, aos 56 anos, pobre e desgostoso, vítima de uma doença degenerativa do cérebro. Está enterrado em Bossoroca, hoje município.

sábado, junho 17, 2017

A chegada do vão móvel da ponte do Guaíba: 17 de junho de 1950

Enquanto prosseguem as obras de construção de uma nova ponte sobre o rio Guaíba (que muitos insistem em chamar de lago), é bom recordar o que ela representou para o Rio Grande do Sul quando foi aberta ao trânsito, no dia 28 de dezembro de 1958: a ligação efetiva entre Porto Alegre e a Zona Sul do Estado, via BR-290, antes muito dificultosa e onerosa. A ponte chama-se oficialmente Ponte Getúlio Vargas e é um das quatro pontes da Travessia Régis Bittencourt, que começa em São Paulo e termina no Sul. A obra tem 1,1 km de comprimento e uma altura máxima de 24 metros, por onde trafegam em média mais de 30 mil carros ao dia. 
Nesta reprodução do Correio do Povo noticiou-se a chegada, por navio, de parte do vão móvel, içado, caracteriza a ponte ao dar passagem aos navios, há exatos 59 anos. Era o dia 16 de junho de 1958.